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Senadores reunidos em plenário durante a sessão desta terça-feira (6) — Foto: Jonas Pereira/Agência Senado |
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (7) que vê "com preocupação" o aumento de gastos que pode ser provocado caso o Congresso Nacional aprove a proposta de reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República.
O Senado decidiu nesta
terça-feira (6) incluir na pauta de votação a análise de dois projetos que
preveem reajuste para ministros do STF e para o procurador-geral da República.
Na prática, com a decisão, o reajuste já pode ser votado no plenário a partir
desta quarta.
Após café da manhã com o
comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, Bolsonaro foi
questionado por jornalistas como avaliava a tentativa do Senado de votar a
proposta de reajuste. Para Bolsonaro, não é o momento do país ampliar despesas,
já que as contas públicas registram déficits nos últimos anos.
"Acho que estamos numa
que fase todo mundo tem ou ninguém tem. Sabemos que o Judiciário é o mais bem
aquinhoado entre os poderes, a gente vê com preocupação... Obviamente que não é
o momento (de aumentar gastos)", disse o presidente eleito.
Após participar de um café da
manhã com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, e outros
oficiais-generais da instituição, Bolsonaro seguiu para um encontro com o
presidente do STF, Dias Toffoli.
Os projetos que tratam dos
reajustes, apresentados pelo STF e pela PGR, entraram na pauta de votações do
Senado. Os textos, já aprovados na Câmara, preveem que, a partir de junho de
2016, os salários de ministros do STF e do procurador-geral passariam de R$
33,7 mil para R$ 36,7 mil e, a partir de janeiro de 2017, R$ 39,2 mil.
O salário dos ministros do STF
é o teto do salário do servidor público e serve como base para os salários de
todos os magistrados do país.
Bolsonaro afirmou que após o
café na Aeronáutica que já conversou com Toffoli, na terça-feira (6) durante
solenidade no Congresso, sobre a necessidade de defender o futuro do país, com
a responsabilidade dividida entre os poderes.
"Todos têm que colaborar
para que o Brasil saia dessa crise. E o poder Judiciário, no meu entender, num
gesto de grandeza com toda certeza não fará tanta pressão assim por esse
aumento de despesa", afirmou o presidente eleito.
Fonte: G1