
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Futura ministra da
Agricultura, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) afirmou hoje (8) que
sua pasta deverá incorporar o setor de pesca e as políticas relacionadas à
agricultura familiar e reforma agrária. Atualmente, essas estruturas estão sob
duas secretarias especiais vinculadas diretamente ao Palácio do Planalto, mas
sem status de ministério. De acordo com a deputada, que se reuniu durante a
manhã com o presidente eleito Jair Bolsonaro, foi ele próprio quem pediu
estudos de viabilidade para reestruturar o ministério.
"Ele pediu para trazer
esse estudo de juntar ao Ministério da Agricultura tudo o que é afim, para ter
só um grande ministério", afirmou. Segundo ela, a incorporação dessas
áreas à pasta da Agricultura ainda está em análise, que ela pretende concluir
em até duas semanas.
"A pesca, que vai voltar
pra agricultura, é uma hipótese, isso não está concluído. A transição é pra
isso, pra gente levar a estrutura. Agricultura familiar se estuda, sim, não é
uma coisa que está definida, mas ele [Bolsonaro] me pediu hoje para ver. Vamos
sentar com o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e com
o pessoal da agricultura familiar", detalhou. Para Tereza Cristina, é
preciso avaliar se a unificação dessas áreas vai demandar algum tipo de
alteração legal, via projeto de lei ou decreto.
No caso dos pequenos
agricultores e dos assentamentos de reforma agrária, a ministra adiantou que o
foco para este segmento é desenvolver a produção. "É um setor que precisa
muito ser desenvolvido. A gente quer que esse setor produza, tenha renda, que
melhore e cresça", afirmou Tereza Cristina.
A deputada ainda mencionou que
as políticas de irrigação, atualmente vinculadas ao Ministério da Integração
Nacional, também podem ir para a futura superpasta da Agricultura. "Nós
vamos estudar, ver se isso é bom, se melhora, se ajuda ou não ajuda".
A futura ministra disse que,
por enquanto, seguirá presidindo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), já
que seu mandato se estende até fevereiro de 2019, mas deverá pedir afastamento
antes do fim desse período para poder se dedicar à transição de governo e aos
compromissos como deputada federal na Câmara. Ela será sucedida no cargo pelo
deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que é seu vice na FPA.
Sobre a composição da equipe,
afirmou que escolherá pessoalmente o secretário-executivo da pasta e que, para
as outras áreas, ainda analisa perfis que espera para os cargos. "Estou
vendo os perfis, vendo as secretarias, mas o ministério tem cargos, as pessoas
são de carreira, e é gente muito qualificada", afirmou.
Fonte: Diário de PE.