A deputada Tereza Cristina (DEM-MS), futura ministra da Agricultura — Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados |
O presidente eleito Jair
Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (7) a deputada federal Tereza Cristina
(DEM-MS) como ministra da Agricultura. Ela será a segunda mulher a comandar a
pasta.
Atual presidente da Frente
Parlamentar Agropecuária do Congresso Nacional, conhecida como a bancada
ruralista, Tereza Cristina foi indicada pela FPA para o cargo. Ela é engenheira
agrônoma e empresária.
O anúncio foi feito após
Bolsonaro e o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), se
reunirem em Brasília com parlamentares da FPA. O encontro aconteceu no Centro
Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição.
Além de Tereza Cristina e Onyx
Lorenzoni, ambos do DEM, outros quatro ministros também já foram anunciados:
Paulo Guedes (Economia);
general Augusto Heleno
(Segurança Institucional);
Sérgio Moro (Justiça e
Segurança Pública);
Marcos Pontes (Ciência e
Tecnologia).
No Congresso, Tereza Cristina
foi uma das principais defensoras do projeto que muda as regras no registro de
agrotóxicos.
A futura ministra está no
primeiro mandato como deputada e, durante a campanha eleitoral, manifestou
apoio à candidatura de Bolsonaro à Presidência.
No Mato Grosso do Sul, ocupou
o cargo de gerente-executiva em quatro secretarias: Planejamento, Agricultura,
Indústria, Comércio e Turismo.
Também exerceu os cargos de
diretora-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e
diretora-presidente da Empresa de Gestão de Recursos Minerais.
Filiação ao DEM
Antes de se filiar ao DEM,
Tereza Cristina integrava o PSB, partido do qual foi líder na Câmara.
Em abril, foi destituída da
direção estadual do PSB após votar a favor da reforma trabalhista proposta pelo
presidente Michel Temer, contrariando a orientação da sigla.
Em agosto, voltou a contrariar
o PSB ao votar contra o prosseguimento da segunda denúncia contra Temer. Pediu
desfiliação do partido antes de ser expulsa pela direção nacional do PSB.
Repercussão
Futuro ministro do Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno comentou a escolha de
Tereza Cristina em entrevista no centro de transição.
Ele destacou que "não
pesou" na escolha o fato de a parlamentar ser mulher (a primeira ministra
do futuro governo). O diferencial, segundo ele, foi a "competência"
de Tereza.
Questionado se Bolsonaro
aceitou a indicação da bancada ruralista em busca de maioria no Congresso, já
que Tereza lidera o grupo, Heleno negou que a escolha tenha partido de uma
indicação política.
"Não é indicação
política, ninguém pediu pela deputada Tereza Cristina. Ele [Bolsonaro] chegou à
conclusão de que ela é capacitada para ser ministra da Agricultura. Fatores
políticos vêm depois, não tem como separar as coisas", declarou.
Frente Agropecuária
Após Bolsonaro anunciar Tereza
Cristina como ministra, a Frente Parlamentar Agropecuária divulgou a seguinte
nota:
Membros da Frente Parlamentar
da Agropecuária (FPA) estiveram reunidos, hoje, com o Presidente da República
eleito Jair Bolsonaro.
A bancada, após consenso entre
parlamentares e entidades representativas da Agropecuária, sugeriu o nome da
deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), presidente de FPA, para o Ministério
da Agricultura.
Fonte: G1.com