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Um em cada quatro desempregados procura trabalho há 2 anos ou mais, aponta IBGE.


Candidatos fizeram fila para tentar vaga em Feira de Emprego em Santa Bárbara d'Oeste — Foto: Amanda Sabino/Divulgação


Dados divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 4 desempregados brasileiros procura emprego há mais de 2 anos.

Dentre os 12,5 milhões de desempregados no país no 3º trimestre de 2018, 3,197 milhões estavam nesta condição há 2 anos ou mais. Este número bateu novo recorde histórico e corresponde a 25,6% do total de desempregados do país e um acréscimo de 350 mil pessoas em 1 ano. No 2º trimestre, eram 3,162 milhões, ou 24% do total.

Os números do IBGE mostram que também aumentou o número de brasileiros que procuram emprego há menos de um mês, ao passo que caiu o daqueles que buscam uma vaga há mais de 1 mês e há menos de 2 anos.

Ao todo, 5 milhões de pessoas (40,4% do total) estão procurando emprego há mais de 1 ano.

Na comparação com 2014, quando o Brasil vivia ainda o pleno emprego, aumentou em 175% o número de desempregados que procuravam trabalho há mais de 2 anos. “Esse número vem aumentando em função da falta de oportunidade”, apontou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar.

“Esse número não está maior por causa do desalento, ou seja, daqueles que estavam há tanto tempo procurando emprego que já desistiram de procurar. É uma situação grave”, avaliou Azeredo.

O número de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) ficou estável em relação ao trimestre anterior, atingindo 4,78 milhões de pessoas. Os estados com o maior número de desalentados são Bahia (794 mil pessoas) e Maranhão (523 mil).

Desemprego é maior entre mulheres, negros e jovens

No Brasil, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,9% no trimestre encerrado em setembro, atingindo 12,5 milhões de brasileiros.

Os números do IBGE mostram que a taxa de desemprego é maior entre mulheres (13,6%), pretos (14,6%) e pardos (13,8%), jovens com até 17 anos (40%) e entre trabalhadores sem ensino superior. No 3º trimestre, 46,5% desocupados no Brasil não tinham completado o Ensino Médio.

13 estados e o DF têm desemprego acima da média do país

Em 21 das 27 unidades da federação, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação ao segundo trimestre, segundo o IBGE.

O único estado que registrou alta foi Roraima, onde a taxa passou de 11,2% para 13,5%, ou 5 mil pessoas a mais. "Foi um aumento expressivo, mas a gente não pode apontar que é em função do processo migratório... Não temos a informação se esse desocupado em Roraima é migrante ou não”, disse o coordenador da pesquisa Cimar Azeredo.

Dezoito estados e o DF ainda apresentam taxas de dois dígitos, e em 14 unidades da federação a taxa superior à da média nacional (11,9%).

As maiores taxas de desocupação estão no Amapá (18,3%), Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%). As menores em Santa Catarina (6,2%), Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (7,2%).

A taxa de desemprego do Estado de São Paulo, maior economia do país, recuou de 13,6% no 2º trimestre para 13,1% no 3º trimestre.

Taxa de desemprego por estado:

Santa Catarina: 6,2%
Mato Grosso: 6,7%
Mato Grosso do Sul: 7,2%
Rio Grande do Sul: 8,2%
Rondônia: 8,6%
Paraná: 8,6%
Goiás: 8,9%
Minas Gerais:9,7%
Tocantins: 9,8%
Ceará: 10,6%
Paraíba: 10,7%
Pará: 10,9%
Espirito Santo: 11,2%
Brasil: 11,9%
Piauí: 12,3%
Distrito Federal: 12,6%
Rio Grande do Norte: 12,8%
Acre: 13,1%
Amazonas: 13,1%
São Paulo: 13,1%
Roraima: 13,5%
Maranhão: 13,7%
Rio de Janeiro: 14,6%
Bahia: 16,2%
Pernambuco: 16,7%
Alagoas: 17,1%
Sergipe: 17,5%
Amapá: 18,3%

Na análise por região, o Nordeste apresenta as maiores taxas de desemprego (14,4%). A Região Sul teve a menor taxa (7,9%). Já as regiões Sudeste ee Centro-Oeste registraram taxas de 12,5% e 9,5%, respectivamente.

Trabalho com carteira e informal

No 3º trimestre de 2018, 74,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,3% no 3º trimestre de 2017. Os estdos com os maiores percentuais foram Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (82,8%) e São Paulo (81,1%), e as menores ficaram com Maranhão (51,1%), Piauí (54,1%) e Paraíba (54,9%).

Já p trabalho sem carteira assinada cresceu 4,7% em relação ao trimestre anterior. Frente ao 3º trimestre de 2017, esse aumento foi de 5,5% (601 mil pessoas a mais). As maiores proporções de trabalho foram observadas no Maranhão (48,9%), Piauí (45,9%) e Paraíba (45,1%), e as menores foram em Santa Catarina (11,6%), Rio Grande do Sul (17,2%) e (18,9%).

Quem tem carteira assinada ganha 60% mais

No 3º trimestre de 2018, o rendimento médio dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.222, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.229) como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.208).

O maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal (R$ 3.902), e o menor no Maranhão (R$ 1.322).

Segundo o IBGE, o rendimento médio de quem tem carteira assinada foi de R$ 2.134, valor 60% maior do que o dos trabalhadores sem carteira (R$ 1.328).



Fonte: G1

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