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Foto: Reprodução TV Globo. |
Para a Polícia Civil, o corpo
de uma mulher encontrado enterrado em uma casa alugada na Zona Norte de São
Paulo é de Márcia Martins Miranda, assistente social e coordenadora do CREAS
(Centro de Referência Especializado de Assistência Social) do Butantã, Zona
Oeste da cidade. Ela estava desaparecida desde o dia 2 de outubro.
A suspeita é a de que ela
tenha sido sequestrada e morta pelos sogros por asfixia ou enterrada viva após
ter sido golpeada na cabeça. O laudo do IML irá comprovar a identidade do corpo
e a causa morte.
Segundo o delegado Mário
Sérgio de Oliveira Pinto, do Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa
(DHPP), as investigações apontam que Márcia foi sequestrada e assassinada pelos
sogros, Maria Izilda Pereira Miranda e Fernando Antônio Martins de Oliveira.
"Nossa investigação
chegou a conclusão que o corpo pertence a vítima, mas ainda é necessário o
laudo dos exames. Os familiares estão fornecendo para a polícia material."
O casal está preso desde o dia
18 de outubro. A Polícia deve pedir a prorrogação da prisão temporária dos
suspeitos.
O crime
Márcia foi arrebatada na manhã
do dia 2 de outubro em frente a uma agência bancária, na Avenida Corifeu de
Azevedo Marques, na Zona Oeste da cidade. As investigações apontam que ela
entrou no veículo dos sogros e não mais foi vista.
A polícia acredita que o casal
tenha atraído a servidora com a proposta de criar uma conta bancária para os
netos e oferecer uma casa para que ela morasse com os dois filhos, uma vez que
estava em processo de separação. As crianças têm 4 anos (um menino) e 9 meses
(uma menina).
"Ela foi atraída,
convidada a entrar no carro para ver a casa, lá chegando ganharam acesso ao
imóvel e provavelmente no último cômodo atingiram a vítima com um golpe na
cabeça, e a partir daí ela pode ter sido enterrada viva ou asfixiada",
explica o delegado.
A tese dos investigadores é
que o casal tinha obsessão pelos netos. "Eles tinham a vontade de criar os
netos como se filhos fossem. Eles tinham essa vontade de ter os netos como se
fossem propriedade deles", afirmou o delegado.
Ainda segundo Mário Sérgio, o
imóvel teria sido alugado para executar a servidora. Dias após fechar o
contrato com a imobiliária, Fernando ligou para uma loja de materiais de
construção e comprou cimento e ferramentas para escavação.
"Absolutamente, a
premeditação desse crime nos é muito clara. (...) Os criminosos cavaram muito
fundo. Além de depositarem o corpo, fizeram uma laje".
O DHPP ainda investiga se o
casal agiu sozinho, mas descarta a participação do ex-marido de Márcia.
"Não tem indícios de que tenha participado ou tenha instigado os autores a
fazer".
Fonte: G1