Unidade da WestRock em Três Barras (SC): empresa, que investe no segmento de papel kraft de alta performance, emprega 2,2 mil pessoas no país. Foto: Divulgação |
A WestRock, empresa de origem americana, vai investir nos próximos anos US$ 345 milhões, ou cerca de R$ 1,3 bilhão, na ampliação de sua fábrica de papel, na cidade de Três Barras (a 353 quilômetros de Florianópolis). As obras começarão em fevereiro de 2019 e a estimativa é de que estejam concluídas em março de 2021. No Brasil, a companhia atua em três divisões: florestal, papel kraft e papelão ondulado.
Atualmente, a WestRock gera
cerca de 2,2 mil empregos no país e tem uma estrutura integrada da qual fazem
parte 54 mil hectares de florestas — 33 mil de pinus e eucalipto, além de 21
mil de mata nativa preservada —, voltados à produção das fibras, uma unidade
dedicada à produção de papel e quatro de conversão de papelão ondulado.
Segundo divulgação feita pela
companhia, o objetivo com o investimento é ampliar o seu negócio integrado que,
a partir do início de 2019, passará a contar com um aumento significativo na
capacidade de produção de papelão ondulado. Esse crescimento acontecerá com a
entrada em operação, já com capacidade plena, da unidade de Porto Feliz (SP),
onde foram aportados outros US$ 125 milhões.
Desde o ano passado, portanto,
a multinacional anunciou aportes de cerca de R$ 1,7 bilhão no Brasil. Essa
planta terá uma capacidade instalada de cerca de 400 milhões de metros
quadrados de papelão ondulado ao ano. Também estão dedicadas a esse tipo de
produto as fábricas em Blumenau (SC), Araçatuba (SP) e Pacajus (CE).
Com o anúncio de US$ 345
milhões em investimentos, a WestRock deve aumentar sua exposição no segmento de
papel kraft de alta performance para atender tanto ao mercado doméstico quanto
ao internacional. A linha de produção será dedicada à linha de papéis de alta
performance HyPerform®, produzidos a partir de fibras virgens de eucalipto e
pinus. Entre as suas características está a maior resistência com uma gramatura
menor.
Os recursos serão direcionados
para a ampliação e ganhos de eficiência dos recursos industriais existentes,
com a instalação de novo pátio de madeira, o aumento das linhas de celulose,
instalação de novas caldeiras de força de recuperação e expansão das máquinas
de papel, além da instalação de equipamentos de suporte à produção. Segundo a empresa,
a iniciativa vai aumentar a produção e elevar a sua eficiência energética dos
atuais 55% para 85%.
Por meio de nota, o presidente
da subsidiária brasileira da WestRock, Jairo Lorenzatto, disse que o novo
aporte de recursos está relacionado a outros investimentos da companhia, como o
da nova unidade, em Porto Feliz. “Quando a expansão estiver operando,
estabelecerá novos parâmetros em relação à eficiência e à produtividade,
aliados sempre à entrega de produtos diferenciados, com a mais alta qualidade disponível
no mercado.”
Portas fechadas.
Há cerca de um ano, a WestRock
anunciou o encerramento das atividades da fábrica de Valinhos, na região de
Campinas (SP), onde trabalhavam 470 funcionários. Na época, a previsão era de
que a chave seria desligada no segundo trimestre de 2019.
A unidade é antiga, da década
de 1940, quando ainda se chamava Fábrica de Papelão Campinas — mais tarde virou
a Rigesa. A decisão foi tomada por causa da estrutura e leiaute antigos, além
da localização, no centro da cidade, informou a multinacional na ocasião.
O fechamento da unidade de
Valinhos foi condicionado na época à inauguração da planta de Porto Feliz, que
atenderá à demanda dos clientes sul-americanos. Em junho, a companhia começou a
fazer as primeiras 250 contratações para a nova fábrica.
Fonte: Diário de Pernambuco