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"Esse (a ruptura do
projeto) era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizar uma mão de
obra tão essencial. Me pareceu muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não
entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas sim uma
ruptura unilateral (por parte de Cuba)", disse ao deixar o Centro Cultural
Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde a equipe de transição se reúne, pouco
após ser anunciado como futuro ministro da pasta.
"(A ruptura) era um risco
que a gente já alertava no início. Precisamos de políticas que sejam
sustentáveis. As improvisações em saúde costumam terminar mal, e essa não foi
diferente das outras", acrescentou.
Segundo Mandetta, a primeira
medida da equipe de transição na área de saúde será se reunir com o atual
governo para entender os impactos do fim do programa e conhecer as possíveis
soluções. "Não (tivemos informações nas últimas 48 horas sobre uma
solução). Estamos aguardando o momento certo de fazer esse diálogo e saber
quais são as medidas do governo Temer."
Sobre a necessidade de os
atuais médicos do programa ficarem no País e terem de fazer o Revalida,
Mandetta afirmou que a questão ainda não foi discutida. O futuro ministro
defendeu que seja feita alguma avaliação dos profissionais, mais afirmou que é
possível realizá-la enquanto o médico estiver em serviço. "Há
possibilidade de fazer avaliação em serviço, de fazer uma série de medidas onde
você pode, ao mesmo tempo, dar garantias da qualidade daquele profissional. O
objetivo é esse. Quais ferramentas serão utilizadas vai ser uma discussão com o
setor", destacou.
"O que queremos dizer com
Revalida é saber quem é (o profissional), o que estudou, o que falta de lacuna
para poder atender o povo brasileiro. Não pode haver relativização: não existe
vida do interior e da capital, existe vida. Cada brasileiro, desde a comunidade
indígena mais remota até os que estão nos grandes centros, precisa saber que
alguém checou as informações e autorizou aquele profissional a tratar do bem
maior que uma nação pode ter, que é a vida de seus habitantes."