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O presidente eleito, Jair
Bolsonaro, mostrou preocupação com o Orçamento de 2019 e sinalizou que gostaria
que o presidente Michel Temer vetasse o reajuste salarial dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), que elevará o teto do funcionalismo público
para R$ 39 mil.
"Ele sabe, é uma pessoa
responsável, não precisa de apelo. Sabe o que vai fazer. O que ele vai fazer
compete a ele", disse Bolsonaro no Superior Tribunal Militar, ao ser
perguntado se faria um apelo a Temer para vetar reajuste. Ele se reuniu com
José Coelho Ferreira, presidente do tribunal.
O presidente eleito mostra
mais uma vez desconforto com a aprovação do reajuste, que pode gerar custos aos
cofres públicos da ordem de R$ 4 bilhões por ano, se estendido o aumento aos
juízes e procuradores estaduais, o que é permitido em algumas legislações
estaduais e garantido por uma liminar do Conselho Nacional de Justiça. O
reajuste foi aprovado no Senado na semana passada. O presidente do Senado,
Eunício Oliveira, disse que pautou o tema por considerar que não tinha nenhuma
restrição do novo governo.
Bolsonaro disse que o reajuste
é mais um problema para o Orçamento. "Isso (reajuste) é mais motivo de
preocupação. Estamos com déficit para ano que vem. É mais um problema que vamos
ter", disse.
O presidente eleito pelo PSL
disse também que a pasta do Trabalho vai continuar com status de ministério, e
não será uma secretaria. "Vai ser a princípio um enxugamento de
ministério, o trabalho não está sendo menosprezado, mas apenas absorvido por
outra pasta. Não sei ainda qual vai ser o formato", disse.
Bolsonaro indicou que o
destino do Trabalho não deve ser junto da Fazenda: "ficaria pesado".
O número final de ministérios, segundo ele, deve ficar entre 17 ou 18. O
presidente eleito também criticou o número de cargos comissionados no
Executivo.
Fonte: Diário de PE