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Empresários, pipeiros, agricultores e até políticos estão envolvidos em furto de água em Caruaru



A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda-feira (08) os detalhes da Operação Igarapé, realizada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, para conter o furto de água na Barragem do Rio da Prata, que fica em Bonito. Ação foi deflagrada na sexta (05).


Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos 18 mandados de prisão e busca e apreensão que resultaram na prisão de 10 pessoas, apreensão de armas e aproximadamente R$ 2 mil em dinheiro. Os suspeitos serão indiciados por furto qualificado, crime ambiental, associação criminosa, posse de armas e munições. Empresários, agricultores, caseiros, pipeiros e políticos estão na lista dos envolvidos.

João Macena (PC do B) que foi candidato a vereador em Agrestina e Jozias Artur (PEN) que foi candidato a vereador em Caruaru, continuam foragidos. De acordo com o delegado Luiz Bernardo, titular do caso, os advogados de ambos os suspeitos entraram em contato para negociar a apresentação de seus clientes, fato que está sendo aguardado pela polícia.
De acordo com informações do chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Amaral, as investigações foram iniciadas em novembro de 2016. O esquema era comandado por três empresários, que tinham chácaras no distrito de Terra Vermelha, na zona rural de Caruaru.

"Além de ser um crime, a situação afeta a mais de 500 mil pessoas que estavam precisando de água na região Agreste. Sem falar na falta de humanidade, devido à seca, um crime danoso a comunidade", diz.

Ele destacou ainda que um dos pipeiros envolvidos no furto de água, pagou fiança e voltou a praticar o crime. "Tínhamos pelo menos 18 pontos de furto de água. Um dos alvos da operação foi preso novamente, já que foi solto e voltou a vender água de forma irregular", disse.

Segundo o diretor regional da Companhia Pernambucana de Saneamento, Marconi Azevedo, o furto de água era feito a partir das adutoras do Prata e Camevô, que são usadas para atender a várias cidades do Agreste de Pernambuco.

O diretor informou que a estatal vai buscar na justiça que os envolvidos paguem os valores, estimados entre R$ 300 mil e R$ 500 mil, e que após a descoberta do caso, a vazão de água foi contida. "Essa água foi perdida. Vamos tentar recuperar o valor de quem furtou com o nosso jurídico. Já percebemos nesse fim de semana que houve uma melhora sensível no abastecimento de água em Caruaru", disse.

O delegado responsável pelas investigações, Luiz Bernardo, disse que armas eram usadas para tentar intimidar os servidores da Compesa, para evitar que eles denunciassem o esquema e contou detalhes de como funcionava.

"Os empresários danificavam a adutora para que a água fosse para os reservatórios deles. Uma maneira profissional usada para furtar a água, com canos. As Investigações começaram por causa do fluxo de caminhões pipa em Terra Vermelha", disse.

Via G1 Caruaru e região / 
Foto: Joalline Nascimento/G1
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