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Brasil volta a gerar empregos com carteira após quase 2 anos


A economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em fevereiro. No mês passado, as contratações superaram as demissões em 35.612 mil vagas. Foi a primeira vez em 22 meses que o país registrou abertura de postos de trabalho.


O resultado foi comemorado pelo governo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16) pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, no Palácio no Planalto - nos últimos meses, a divulgação vinha sendo feita pelo ministério apenas via nota em sua página na internet.

Temer disse disse que os dados do emprego são "boas novas" e um sinal da retomada do crescimento da economia brasileira. Segundo o presidente, esses sinais são "a cada dia, mais claros."

“Na verdade, um começo. Mas isso [criação de vagas] é depois de 22 meses de números negativos. É praticamente a primeira vez que temos um número positivo no tocante à abertura de empregos”, disse Temer.

Ele ressaltou que outras medidas, como a queda dos juros e a injeção na economia de bilhões de reais com a liberação de saque de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), vão contribuir para a reativação da economia.

Os números do emprego divulgado nesta quinta têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Antes de fevereiro, o último mês em que houve mais contratações do que demissões março de 2015, quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho. De lá pra cá, o desemprego só cresceu no Brasil e atingiu 12,9 milhões de pessoas em janeiro de 2017, o maior valor da série histórica do IBGE.

A geração de empregos com carteira assinada em fevereiro também representou o melhor resultado, para este mês, desde 2014, quando as contratações superaram as demissões em 260.823 vagas. Ou seja, foi o melhor mês de fevereiro em três anos.

Em 2016, o país fechou 1,32 milhão de vagas formais. Apesar de o número ainda ser alto, houve uma pequena melhora em relação ao ano de 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam o emprego com carteira assinada.

Setor de serviços criou mais vagas

O setor de serviços foi o que mais gerou empregos formais em fevereiro: 50.613. Ele foi seguido pela administração pública, com 8.280 vagas. A agropecuária criou 6.201 postos de trabalho no mês passado.

A indústria de transformação também contratou mais do que demitiu no mês passado e criou 3.949 vagas de emprego formal.

O comércio, porém, manteve as demissões e, no mês passado, fechou 21.194 vagas. A construção civil também cortou postos de trabalho formais: 12.857.

Dentro do setor de serviços, divulgou o Ministério do Trabalho, Ensino foi a área que mais criou vagas (35.484). Na agropecuária, o resultado positivo foi puxado pelo cultivo de soja, com um saldo de 2.949 postos de trabalho com carteira assinada, seguido pelo cultivo de frutas de lavoura permanente (exceto laranja e uva), que criou 2.528 vagas.

Na indústria, o setor de calçados gerou 8.824 postos. O têxtil, abriu 6.247 e, o de borracha, criou 4.957 postos. O setor de produção de alimentos, porém, fechou 15.799 postos de trabalho.

Na construção civil, que também segue em trajetória de corte de postos de trabalho, a área de construção de edifícios foi responsável por 6.086 vagas.

Números Rregionais

Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de abertura de vagas em três das cinco regiões do país em fevereiro.

A região Sul liderou as contratações no mês passado, com 35.422 postos formais. Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, foram criadas 24.188 e 15.740 vagas, respectivamente.

A região Nordeste, porém, fechou 37.008 postos em fevereiro. Já as demissões na região Norte somaram 2.730.

Início da recuperação econômica

Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) ter registrado contração de 3,6% em 2016, no segundo ano seguido de tombo, alguns indicadores de confiança e de produção vêm mostrando, neste início de ano, o início de um lento processo de recuperação da economia brasileira.

Para tentar reaquecer a economia, o governo anunciou algumas medidas, entre elas a liberação do saque de contas inativas do FGTS - o que vai injetar, segundo a Caixa Econômica Federal, mais de R$ 35 bilhões na economia brasileira.

Além disso, o Banco Central deu início ao processo de corte da taxa Selic que, espera-se, nos próximos meses deve levar a uma redução das taxas de juros praticadas no mercado, o que tornaria o crédito mais barato e permitiria às famílias consumirem mais.

No fim do mês passado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a recessão no Brasil já terminou, mas avaliou também que país ainda sente as consequências geradas pela crise econômica que, segundo ele, é a “maior da história”.

Primeiro bimestre

No acumulado do primeiro bimestre deste ano, segundo dados oficiais, porém, foram fechadas mais vagas do que abertas. Neste período, as demissões superaram as contratações em 5.475 empregos com carteira assinada.

Mesmo assim, houve melhora frente ao mesmo período do ano passado e do ano retrasado, quando foram demitidos, respectivamente, 204,9 mil e 80,7 mil trabalhadores.

Os dados de janeiro, nesta comparação, foram corrigidos para englobar declarações fora do prazo, mas os números de fevereiro foram comprados sem esse ajuste.

Análise do Implicante

De novo, o mantra que sempre repetimos: é preciso cautela com as boas notícias, pois não se arruma a economia de todo um país usando passes de mágica ou soluções mirabolantes imediatas. Sim, tudo demora, e nada ocorre sem sacrifício.

Mas é importante, também, ressaltar os sinais de que as coisas começam a avançar.

E agora foi a vez do emprego formal. Após dois anos de saldo negativo, finalmente o número de contratações superou o de demissões – e em 35.612 mil vagas.

Falta muito? Sim, muito. Mas os sinais indicam que o rumo tomado é o correto. Pois sigamos e prossigamos com as reformas necessárias.

Via G1/Implicante, Foto: 
Jana Pessôa/Setas-MT
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